O trabalho partiu de vários experimentos corporais desenvolvidos pelos dançarinos-BBoys da Cia Ikannús, que a princípio visavam se utilizar de saltos para a construção de cenas e coreografias. Inquietação é a palavra-geradora na composição atual dessa obra. Os BBoys projetam-se no espaço cênico em uma sucessão vertiginosa de saltos e coreografias, entre explosões, pausas e descontinuidades, configurando formas dinâmicas de ocupação e desocupação, encontros e desencontros, lutas e aglutinações. Escrimarturacri é um grito ancestral que ecoa no universo urbano que ganha corpo na dança do Ikannus.
Direção coreográfica: Matheus Bruno. Dançarinos-BBoys: Diego Sousa, Jesus Yancy, Mauro Celio, Monteiro Fernandes, Mateus Gonçalves, Ernany Sousa, Lucas Buttowski, Lukas Soares e Matheus Bruno.
Criada no ano de 2014 com intuito de agregar jovens do bairro Ladeira, BBoys que já se aventuravam no mundo do Break Dance, a Cia Ikannús (nome em yorubá que quer dizer Fúria) deu início às suas ações com uma primeira aparição no Bloco Afro Baião em 2015, apresentando a coreografia de dança Afro e Break Dance, resultando em uma mistura que se transforma no “Afrobreak”, material de pesquisa e produção atual da companhia. Atualmente a Cia Ikannús é parceira do Ponto de Cultura Galpão da Cena de Itapipoca.