O desenho do palco enfatiza, pela ausência, os dois elementos fundamentais da peça: a música com sua onipresença magnética, criada ao vivo pelos toca-discos de Raphaëlle LATINI, e o corpo atormentado, desarticulado, do bailarino LEFEUVRE.
Sons
industriais, metálicos, repetitivos, atravessam o espaço nimbado de uma luz crepuscular, ou sustentam os momentos de escuridão total. O olho busca
o corpo vestido de branco, cujos membros tentam se arrancar do chão. Imperceptivelmente, o bailarino se ergue, sem jeito, como que atravessado por
ondas elétricas, como um robô desregulado. A frágil verticalidade conseguida torna-se então metáfora da resiliência, imagem encarnada da pulsão
vital que anima os humanos, que os faz se reerguer, até o fim.
Coreografia e interpretação Samuel Lefeuvre Criação musical e trabalho com os toca-discos Raphaëlle Latini Criação da luz Nicolas Olivier, com assistência de Bruno Olivier Operação de luz Christian François Cenografia Groupe Entorse Administração, produção e divulgação Les indépendances Este projeto conta com o apoio da DRAC de Basse-Normandie, do Conseil Régional de Basse Normandie, do Conseil Général du Calvados e da cidade de Caen. E também do Institut français e da Région Basse Normandie. Suporte e acolhimento em residência: Relais Culturel Régional du Pays de Falaise. Este espetáculo recebe ainda o apoio da Charte de Diffusion Interrégionale ONDA, OARA, ODIA Normandie, Réseau en scène Languedoc-Roussillon e ARCADI.