Plataforma de Acessibilidade

CEArÁ

Plataforma de Acessibilidade

No dia 10 de dezembro de 2018 a Declaração Universal dos Direitos Humanos comemorou seus 70 anos de existência e, com isso, a XII Bienal Internacional de Dança do Ceará, em outubro de 2019, junto à 3ª edição da Plataforma de Acessibilidade, celebra as conquistas do documento das Nações Unidas. Mesmo em momentos caóticos e de opressão, a Declaração e o compromisso dos seus estados têm trazido conforto aos direitos internacionais de milhões de pessoas em todo o mundo. Isso nos implica pensar em um fazer dançar com liberdade e acolhimento. O Brasil ainda é considerado um dos países que mais comete genocídios no mundo, evidenciando seu retrocesso e a pouca empatia ao ser humano e suas minorias. Resistindo com força em nossas etnias e corpos dissidentes que ainda transitam na obscuridade, celebraremos todo o desejo das nossas atitudes. O conceito de Direitos Humanos reconhece que cada indivíduo pode desfrutar de seus direitos sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outro tipo, origem social, nacional, condição de nascimento ou riqueza. Para todos os corpos, insistiremos em nossa transversalidade e inquietação, persistindo em nossas identidades celebrando a potência da vida. Com uma frente na difusão da integração e seus percursos, a acessibilidade em perspectiva firma a pesquisa, a criação e a formação em seu eixo.
Por meio de ações em formatos acessíveis, a Plataforma conta com residências e troca de saberes no III Seminário Dança e Acessibilidade, que acontecerá nos dias 19, 23, 24 e 35 de outubro no Porto Dragão. No seminário, os Processos Criativos de Integração serão evidenciados em uma Mesa Redonda sobre os diferentes aspectos da doença do Alzheimer e duas Rodas de Conversa abordando processos de criação e medidas de política púbica em dança. Haverá também um vídeo-debate sobre as residências entre o Brasil e o Reino Unido, compartilhando as diferentes informações e experiências de artistas locais e coreógrafos de outros contextos, em seus processos de intercâmbios artísticos na produção do repertório coreográfico, fazendo assim uma ampla democratização ao acesso à dança.

III Seminário Dança e Acessibilidade

Do suspiro da integridade, o corpo vigilante, renova seu dorso e descontrai o movimento. Persiste. Perscruta no manto da mãe terra seu direito à memória e grita: permaneço vivo!
Em sua terceira edição, o Seminário Dança e Acessibilidade nos confronta sobre o status do Ser. Qual a disponibilidade do corpo que se faz presente? O que nos faz resistir juntos?
Sempre com o intuito de difundir a cultura da diferença e dialogar dentro da troca de saberes, o III Seminário Dança e Acessibilidade será marcado por Processos Criativos de Integração com a realização de duas rodas de conversa, uma mesa redonda, espetáculos e um vídeo-debate, objetivando compartilhar processos em dança que visam a aproximação do público com o tema.
Esta ação vai evidenciar produções artísticas que vão para o palco e conseguem acessar medidas de política pública. Serão levantados pontos que vão desde as metodologias em contexto de criação até o engajamento social que se prepara e dialoga com a diferença. Em uma Mesa Redonda a companhia italiana imPerfect Dansers Company compartilha seus processos do pensar coreográfico e em especial sobre o espetáculo “Empty Floor” dissertando sobre seus modos de criação que explora os desejos ocultos dos portadores da doença de Alzheimer. Os bailarinos Clarissa Costa, Jhon Morais e Luciene Feitosa participam da primeira Roda de Conversa, onde compartilham o espetáculo em processo “Librando Bem”, processo de criação em dança libras.
A segunda Roda de Conversa será sobre processos de criação coreográfica e políticas públicas em dança, com a participação de Valéria Cordeiro, do GT de Acessibilidade da Secult-CE, o bailarino e pesquisador João Paulo Lima e, como mediador, o professor e pesquisador Ernesto Gadelha. No último dia, será exibido o vídeo-debate sobre as experiências das residências “Disability people” e “Gravity & Levity” de Lindsey Butcher, ministradas em Fortaleza e no Reino Unido. João Paulo Lima, residentes e o Colab - Co Laboratório em Artes Circenses, do Ceará, discutem sobre os diferentes modos de aprendizagem e percepção desde a didática do equipamento técnico à consciência corporal da dança aérea, contrastando as vivências da experiência integrativa da dança aérea com o circo e com pessoas das mais diversas corporeidades.  

PROGRAMAÇÃO

III Seminário Dança e Acessibilidade
Processos Criativos de Integração

Mesa redonda
imPerfect Dansers Company (Itália)
A companhia traz a experiência do trabalho com pessoas portadoras de Alzheimer na obra trabalho “Empty Floor”
Mediador: Fausto Augusto Cândido

19/10| 10h às 12h | Porto Dragão – Fortaleza

Roda de Conversa
Espetáculo em processo “Librando Bem”
Com Clarissa Costa, Jhon Morais e Luciene Feitosa (CE)

23/10| 10h às 12h | Porto Dragão – Fortaleza

Roda de Conversa
Um debate sobre processos de criação coreográfica e políticas públicas em dança
Mediador: Ernesto Gadelha (Secult-CE)
Convidados: Valéria Cordeiro (GT de Acessibilidade da Secult-CE) e
João Paulo Lima (Bailarino, professor e pesquisador - CE)

24/10 | 10h às 12h | Porto Dragão – Fortaleza

Vídeo-debate
Debate as experiências das residências “Disability people” e “Gravity & Levity” de Lindsey Butcher, ministradas em Fortaleza e no Reino Unido. Pensaremos sobre os diferentes modos de aprendizagem e percepção desde a didática do equipamento técnico a consciência corporal da dança aérea.
Mediadores: Fausto Augusto Cândido e Fabiano Veríssimo
Convidados: João Paulo Lima (CE);
Residentes e Colab - Co Laboratório em Artes Circenses (CE)

25/10 | 10h às 12h | Porto Dragão – Fortaleza

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