Ancés

25/10 | 21h | - Itapipoca
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Criação-processo que não sabe ao certo se começou sem ter começado, ou se sempre começou. Criação que se faz em rastros. Percurso traçado entre a presença e ausência através da memória não codificada no consciente, não planejada, crua, celular, instável, inventiva que agencia um dançar que se faz rastro e presente. Partilha de um caminho em curvas do que por hora insiste na tentativa de traçar a genealogia de um corpo negro em dança. Composição de um corpo que se desenterra, que tenta desfazer o trajeto feito ou questiona o trajeto feito/(im)posto, que dança memórias ou as reinventa no presente. Entre o pé que a areia e mapeia o chão que pisa, a coluna serpenteia pra fazer recordar. Processo de um corpo que não é um solo. Um rastro.

Criação e Performance Tiêta Macau Sonoplastia e Iluminação Juliana Rizzo
‍Foto Dinho Araújo

Dançarina, atriz e performer negra, Tiêta Macau é graduada em Teatro pela UFMA e graduanda em Dança na Universidade Federal do Ceará. Atua em colaboração com o Grupo Afrôs, o Grupo Laborarte e o Coletivo DiBando. Pesquisadora independente de danças e poéticas afrobrasileiras, se interessa pelas artes do corpo, processos de criação e poéticas afro referenciadas. Com o LABORARTE participou do Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras.  Circulou pelo SESC Amazônia das Artes, foi convidada a participar do Klenger Welten SummerFestival (2015) - em Frankfurt na Alemanha. Premiada no Festival Godô Virá como melhor direção e melhor cena curta. Recentemente esteve da 15º Eedição da Verbo Performance com sua pesquisa trabalho Ancés.